CHRONOS, AION & KAÍROS

Seminário Elêusis
Chronos, Aion e Kairós - O Tempo na Prática Junguiana

Conta o Mito que Chronos, o grande Titã e Pai castrador, por medo de ser destronado do seu lugar de poder, como ele havia feito com seu pai, devorava seus filhos ao nascerem. Dentro do entendimento cosmológico grego antigo, Chronos era a manifestação do tempo, o tempo cronológico, o tempo que tem início, meio e fim, o tempo da duração do dia e da noite, das horas e minutos. Mas o tempo cronológico, que leva ao envelhecimento, decaimento e finitude, não é o tempo dos Deuses, a este, não há duração no tempo, há eternidade, aquilo que nunca fenece ou se deteriora; o tempo dos Deuses, a eternidade, chama-se Aion. E, entre o tempo da finitude e o tempo da eternidade, há a terceira (e última das mais conhecidas) potência temporal: Kairós. Kairós significa o tempo oportuno, o tempo em que as coisas precisavam acontecer; nem antes, nem depois. Por isso Kairós, psicologicamente, pode ser entendido como o tempo do sentido e do significado. Kairós e o tempo da Sincronicidade de C. G. Jung. É o momento em que o transcendente e o imanente se encontram numa unidade geradora de sentido: a alma humana. 

Nossa sociedade hoje vive sendo devorada pelo tempo cronológico, iludida pela fantasia de alcançar o tempo aionico, e completamente apartada do tempo kairótico.
O que isso gera em nós?
Como a Alma se relaciona com esses tempos?
Qual é o Tempo da análise?
Qual é o tempo da Alma?
Essas e outras questões, como o manejo terapêutico dos três tempos psicologicamente serão abordados neste seminário.