O mito de Deméter e Perséfone é uma narrativa rica e complexa. Ele não apenas explora temas fundamentais como o simbolismo da transformação relacional entre vida e morte, mãe e filha, donzela e senhora de si, como também a fertilidade da terra e os ciclos naturais, e ainda oferece insights profundos sobre as dinâmicas arquetípicas do poder feminino dessas transformações.

Este mito é central para os Mistérios de Elêusis, um dos cultos mais importantes da Grécia Antiga.

Deméter, a deusa da agricultura e das colheitas, é uma das doze divindades olímpicas. Ela é responsável pela fertilidade da terra e pelo ciclo das estações. Perséfone, sua filha, é a deusa da primavera e da vegetação.

O mito começa com Perséfone colhendo flores em um campo quando é raptada por Hades, o deus do submundo, que a leva para seu reino subterrâneo. Deméter, desesperada, percorre a terra em busca de sua filha, negando-se a permitir que a terra produza frutos até que Perséfone seja devolvida. Diante da fúria de Deméter e da consequente esterilidade da terra, Zeus intervém. Ele ordena que Hades liberte Perséfone, mas há uma condição: se Perséfone tiver comido qualquer coisa no submundo, ela deve permanecer lá. Perséfone havia comido algumas sementes de romã, o que faz passar parte do ano no submundo.

Neste seminário buscaremos entender os aspectos psicológicos do mito de Deméter, Perséfone e suas relações dinâmicas com o ser donzela, a filha core, e o ser mãe e senhora da terra, a passagem para o submundo, o tornar-se rainha do submundo e senhora de si. O que de Deméter possibilitou Perséfone, o que de Perséfone fez dela Deméter? Venha conosco neste diálogo!

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